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14/03/2019 15:04:21
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Los casos de desaparición de medicamentos no son más que coincidencias

Infarmed ya ha reportado desaparición a la policía judiciaria. 68 cajas de Tivicay 50mg, utilizado en el tratamiento de personas con VIH. La semana pasada, había sido 430 unidades de Fentanilo Basi.

A ministra da Saúde esclareceu nesta terça-feira que os dois casos de desaparecimento de medicamentos, no lapso de uma semana, não passam de coincidências que não justificam medidas extraordinárias para além do seu acompanhamento.

“Há coincidência de haver dois casos que, num curto espaço de tempo, ocorreram e foram noticiados, mas não há nota de que seja mais do que uma coincidência temporal e o resultado do trabalho de avaliação do que são os incidentes nesta área”, disse aos jornalistas Marta Temido à margem da inauguração do novo centro de saúde do Cadaval, no distrito de Lisboa, adiantando que não há “nada de extraordinário a relatar”

Questionada sobre a adopção de medidas excepcionais para precaver novos casos, a ministra da Saúde afastou essa hipótese, afirmando que o que se impõe “é o acompanhamento da situação” pelo Ministério da Saúde e pelo Infarmed-Autoridade Nacional do Medicamento.

A governante explicou que, no primeiro caso, “o que se passou foi o desaparecimento, eventualmente um furto, num distribuidor”, enquanto no segundo caso, nesta terça-feira noticiado, “ainda estão a ser apurados os seus contornos”.

“O Ministério da Saúde está atento, na medida em que estamos a falar de medicamentos que inspiram determinados cuidados em termos da segurança como são utilizados, mas para já é o trabalho de acompanhamento constante com o Infarmed”, salientou Marta Temido.

Questionada também sobre a falta de alguns medicamentos no mercado, a ministra da Saúde explicou que houve “falhas na distribuição às farmácias”, explicando que as situações “foram ultrapassadas com a substituição por outros medicamentos alternativos”.

Em ambos os casos, o Infarmed garante que estão já em curso acções inspectivas ao circuito do medicamento, como por exemplo o rastreio do percurso feito pelos lotes de medicamentos agora desaparecidos.

Ao PÚBLICO, fonte da Autoridade Nacional do Medicamento explicou que o desaparecimento dos medicamentos já foi comunicado à Polícia Judiciária, assim como às entidades que fazem parte do circuito do medicamento: distribuidores, farmácias comunitárias e hospitalares e fabricantes.

A mesma informação foi igualmente partilhada com as agências dos medicamentos países europeus, por causa da livre circulação de bens e pessoas na Europa. Esta é uma prática que se realiza sempre que há o desaparecimento ou furto de medicamentos, esclareceu a mesma fonte.

A mesma actuação é feita pelas congéneres europeias. Exemplo disso são as duas circulares publicadas em Fevereiro — no site do Infarmed — que são conta de furtos de medicamentos na Grécia e em Itália, comunicadas pelas Agência Grega do Medicamento e pela Agência Europeia do Medicamento, respectivamente.

Os dois casos

Sessenta e oito unidades do medicamento Tivicay 50mg, usado no tratamento de pessoas infectadas com o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) desapareceram de um distribuidor, anunciou nesta terça-feira o Infarmed.

O Tivicay é indicado, em combinação com outros medicamentos antirretrovirais, para o tratamento de adultos, adolescentes e crianças com mais de seis anos de idade infectados com VIH.

Na semana passada, 430 unidades do medicamento Fentanilo Basi, um potente analgésico usado também como componente da anestesia, desapareceram do distribuidor em Portugal.

A substância “fentanil” é usada na analgesia de curta duração ou quando necessário para período pós-operatório imediato e também como componente analgésico da anestesia geral e suplemento da anestesia local.



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