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24/11/2017 11:30:11
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Siete mil medicamentos bajan de precio en 2018

El ahorro estimada por el Infarmed es de 30 millones de euros, dinero que permitirá financiar la entrada de nuevas sustancias, en particular medicamentos innovadores.

No próximo ano sete mil medicamentos vão ficar mais baratos, fruto da revisão anual de preços. A poupança estimada é de 30 milhões de euros. A poupança será conseguida sobretudo com medicamentos de marca, já que a maioria dos genéricos tem preços muito baixos.

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Os países que vão servir de referência para a revisão e autorização dos preços dos novos medicamentos, em 2018, já estão escolhidos: Espanha, França e Itália, segundo a portaria publicada esta semana. É o preço médio praticado nestes países que vai servir de base para os preços em Portugal. E apesar da lista de países ser a mesma deste ano, haverá impactos positivos para o Estado e para os utentes.

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) estima que “o universo de medicamentos a serem revistos no mercado ambulatório [venda em farmácias] seja de cerca de 5000 e no mercado hospitalar cerca de 2000”. A mesma adianta que “a estimativa de poupança – calculada com base nos medicamentos com maior volume de vendas – com a revisão anual de preços para 2018 é de 30 milhões de euros”. Mais 7,5 milhões do que a previsão para este ano.

O Infarmed explica que as poupanças calculadas “poderão não se traduzir numa diminuição da despesa”. Por um lado, por causa do “dinamismo do mercado, com a introdução de novos medicamentos”. Por outro, porque “as poupanças obtidas servirão também para financiar a entrada dos novos medicamentos, designadamente inovadores”, garantindo o acesso dos doentes a novas terapêuticas.

Novos genéricos a chegar

De fora da revisão ficam muitos genéricos por terem já preços baixos, salienta a portaria: “Atendendo a que o nível médio de preços praticados para a maioria dos medicamentos genéricos se situa, na sua generalidade, abaixo dos preços máximos que resultariam da sua revisão, considera-se que não se justifica de momento proceder a essa revisão em 2018”

A excepção são os “genéricos cujo preço de venda ao público [PVP] máximo é superior ao PVP máximo do medicamento de referência”. O Infarmed estima que são 330 genéricos a ter o preço revisto em 2018. Segundo dados do Infarmed, da monitorização dos medicamentos em ambulatório, em Julho o preço médio de uma embalagem de genéricos custava cerca de sete euros.

“Os genéricos têm sido fundamentais para a sustentabilidade do SNS. Desde 2008 até agora o preço médio dos genéricos desceu 70%, tando no ambulatório como a nível hospitalar”, aponta o presidente da Associação Portuguesa de Genéricos e Biossimilares (Apogen), Paulo Lilaia, referindo que o mercado “é de tal maneira concorrencial que não se justificam baixas administrativas de preço”.

“Não estamos de acordo que os preços sejam tão baixos que a comercialização deixe de ser viável” diz, acrescentando: “Temos empresas que deixaram de comercializar produtos, outras que reduziram bastante a actividade, umas cinco ou seis – que me recordo – que saíram do mercado português.”

Segundo o mesmo, a quota de genéricos no SNS é de 48,2%, podendo chegar em breve aos 50% com a entrada de novos genéricos para o tratamento do colesterol, hipertensão, insuficiência cardíaca, entre outros. E mais poupanças podem ser geradas. “Até 2020 vamos continuar a lançar novos genéricos que, se atingirem quotas superiores a 50% podem gerar poupanças superiores a 200 milhões de euros no ambulatório”, estima Paulo Lilaia.



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