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06/10/2015 13:11:55
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Según un estudio, casi 17% de los portugueses sufre de ansiedad

La ansiedad es la enfermedad mental que mas afecta a la población portuguesa, cerca de 16,5% de las personas, según un estudio epidemiologico nacional realizado en 2013 por la Facultad de Ciencias Médicas de la Universidad Nova de Lisboa.

Quase 17% dos portugueses sofre de ansiedade, segundo estudo


A ansiedade é a doença mental mais prevalente na população portuguesa, afectando 16,5% das pessoas, segundo um estudo epidemiológico nacional realizado em 2013 pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

Trata-se de uma reacção normal do nosso organismo, activada em situações que podem provocar medo, dúvida ou expectativa. Apesar de natural, deve ser uma situação passageira. Quando a ansiedade se torna crónica passa a ser considerada uma doença mental.

Portugal é um dos países da Europa em que maior percentagem da população sofre de patologias do espectro da ansiedade. Esta patologia pode manifestar-se de inúmeras formas e muitas das suas manifestações interferem de forma grave com a qualidade de vida.

«Quando a ansiedade atinge níveis de grande intensidade significa que a pessoa está doente, interferindo de forma definitiva na vida quer na esfera emocional e familiar, quer na esfera profissional e social», explica Filipa Palha, psicóloga e presidente da Associação Encontrar+se.

«Estas alterações prolongadas de comportamento significam que a pessoa está doente e precisa de ser tratada», refere a especialista.

As perturbações de ansiedade podem ter sintomas físicos, como taquicardia, dores no peito e dificuldade em respirar, levando o doente a ter comportamentos hipocondríacos, levar a insegurança na execução de tarefas rotineiras, ou pode manifestar-se em resposta a um estímulo em específico, como é o caso das fobias.


António Pacheco Palha, psiquiatra e membro da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, explica que «as fobias, patologia ansiosa frequente, fazem com que as pessoas fujam de determinado estímulo. Elas não estão doentes, não apresentam qualquer queixa se deixarem de enfrentar os estímulos com comportamentos de evitamento, mas o facto é que têm uma qualidade de vida diminuída, por não serem livres de fazer o que querem».


O especialista refere ainda que «estas formas de manifestação de ansiedade são muito prevalentes na população. As pessoas consideram que se trata de ‘manias’, de ‘medos’, e pensam que não se podem tratar, o que é uma pena, porque são situações que podem ser resolvidas».

Há ainda outra perturbação do espectro da ansiedade que é grave: o pânico. «Esta é uma condição que assusta muito o indivíduo. Caracteriza-se por intensa aflição e por uma instabilidade muito grande, tanto pela componente física, como pela psicológica, que faz com que se sintam em risco e corram para a urgência hospitalar», afirma o psiquiatra António Pacheco Palha, frisando que quanto mais precocemente se tratar estes casos melhor.

É importante que se diga que as perturbações de ansiedade são tratáveis. O tipo e tempo de tratamento varia de caso para caso, mas geralmente as perturbações de ansiedade são tratadas com uma combinação de terapia, medicamentos e outros tratamentos psicológicos complementares ou, até, alternativos. A presidente da associação Encontrar+se realça também a importância de tratar estas perturbações de forma precoce e de procurar ajuda profissional sempre que a ansiedade se manifeste de forma prolongada e interfira de forma grave nas rotinas.

Em Portugal, é nos mais jovens, entre os 18 e os 34 anos, que se verifica uma maior prevalência de doença mental, estimando-se que 50,1% tenham pelo menos uma perturbação psiquiátrica. Neste grupo etário, as entidades mais referidas foram as perturbações da ansiedade, seguidas das afectivas e do abuso de álcool. Grande parte da percentagem de perturbações de ansiedade é à custa das chamadas «fobias específicas» habitualmente associadas a um menor impacto no funcionamento global.



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