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23/03/2016 12:11:16
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Científicos de Aveiro combaten bacterias con virus en lugar de antibióticos

Científicos de la Universidad de Aveiro han conseguido eliminar la bacteria Enterobacter cloacae, la que causa infección urinaria, con la utilización de virus en lugar de antibiótico.

Investigadores combatem bactéria com vírus em vez de antibióticos

Um grupo de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) conseguiu eliminar a bactéria Enterobacter cloacae, uma das causadoras das infeções urinárias, através da utilização de vírus em vez de antibióticos, informou hoje a instituição.

Em comunicado, a UA esclarece que esta terapia que utiliza a ação de fagos (vírus específicos que destroem apenas as bactérias) é «inócua para os seres humanos e muito mais barata de aplicar do que os antibacterianos».

«O trabalho abre as portas a um futuro onde as bactérias nefastas para a saúde humana, muitas das quais resistentes a antibióticos, possam ser eliminadas de forma rápida, eficaz e sem efeitos secundários», refere a mesma nota, citada pela “Lusa”.

Adelaide Almeida, coordenadora do trabalho publicado no último número da revista Virus Research, sustenta que esta técnica pode ajudar a eliminar bactérias similares, resistentes ou não a antibióticos, causadoras tanto de infeções urinárias como de outro tipo.

«Esta tecnologia, que inativa tanto bactérias resistentes a antibióticos como bactérias não resistentes, pode ser uma alternativa aos antibióticos, nomeadamente quando as bactérias que causam a infeção são resistentes aos antibióticos», aponta a investigadora do Laboratório de Microbiologia Aplicada e Ambiental da UA.

Caso as bactérias desenvolvam resistência aos fagos, a investigadora garante que «é fácil isolar novos fagos no ambiente», adiantando, por outro lado, que «as bactérias que desenvolvam essa resistência crescem mais lentamente e não são tão patogénicas como as não resistentes».

Adelaide Almeida realça que a elevada eficiência na inativação bacteriana através do recurso a fagos, associada à sua segurança e aos longos períodos de sobrevivência destes vírus, «abre caminho para estudos mais aprofundados, especialmente in vivo, para controlar infeções do trato urinário e evitar o desenvolvimento de resistências por estirpes de Enterobacter cloacae a nível hospitalar».

A investigadora adianta que, no futuro, o paciente poderá receber o tratamento fágico por administração epidérmica ou via oral.



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